Exclusivo: Matt Barber cita semelhanças surpreendentes
entre os “progressistas” e os sacrificadores de crianças
“O que
foi tornará a ser, o que foi feito se fará novamente; não há nada novo debaixo
do sol”. (Eclesiastes 1:9 NVI)
Os liberais de hoje — ou
“progressistas”, nome mais discreto pelo qual preferem ser chamados — atuam
movidos por uma idéia errada e estranha. Em outras palavras, não há nada nem de
longe “progressista” nos dogmas fundamentais de sua cega religião humanista e
secular. Aliás, o liberalismo moderno é em grande parte a versão recauchutada e
esterilizada de uma mitologia antiquada — uma mitologia que existe antes do
único movimento que realmente traz progresso: o Cristianismo bíblico.
Enquanto eu estava visitando a Igreja Evangélica Presbiteriana Rivermont
em Lynchburg, Va., poucas semanas atrás, ouvi uma pregação preocupante, mas que
me levou a pensar muitas coisas. O Pr. John Maybray falou sobre o antigo costume
cananita da adoração a Baal e, embora não tenha revelado por nome, ele fez uma
ligação com seu descendente moderno: o esquerdismo e o liberalismo. Baal, o deus
da fertilidade que era meio touro e meio homem, era o ponto central da idolatria
pagã no Israel semítico antes de Deus ter revelado Sua natureza monoteísta para
os precursores do Judaísmo.
Em seu sermão, o Pr. Maybray ilustrou que,
embora tenham adquirido um aroma mais moderno, os princípios fundamentais da
adoração a Baal permanecem vivos e muito bem hoje. As principais colunas do
baalismo eram o sacrifício de crianças, a imoralidade sexual (tanto
heterossexual quanto homossexual) e o panteísmo (adoração da criação acima do
Criador).
A adoração ritualística a Baal, em resumo, parecia um pouco
deste jeito: Os adultos costumavam se reunir em volta do altar de Baal.
Recém-nascidos eram então queimados vivos como oferta sacrificial ao deus Baal.
Em meio a gritos horríveis e ao cheiro de carne humana queimada, os adoradores —
homens e mulheres, sem distinção — se engajariam em orgias bissexuais. O ritual
da conveniência tinha como propósito produzir prosperidade econômica estimulando
Baal a mandar chuvas para que a “mãe terra” experimentasse fertilidade.
As conseqüências naturais de tal conduta — gravidez e parto — e os pesos
financeiras associados às “gravidezes não planejadas” eram facilmente
resolvidos. O adorador poderia escolher se engajar em relações homossexuais ou
poderia simplesmente — com a disponibilização legal do sacrifício de crianças —
participar de outra cerimônia de fertilidade para eliminar o bebê indesejado.
O liberalismo moderno é pouca coisa diferente de seu antigo antecessor.
Embora seus rituais macabros tenham sido modificados e maquiados com termos
floridos e eufemistas de arte, seus principais dogmas e práticas permanecem
assustadoramente semelhantes. A adoração da “fertilidade” foi substituída pela
adoração da “liberdade reprodutiva” ou “liberdade de escolha”. Os sacrifícios de
crianças por meio de oferendas de fogo foram atualizados, ainda que levemente,
para se tornarem sacrifícios de crianças por meio de abortos cirúrgicos ou
químicos. A promoção, prática e celebração ritualista da imoralidade e
promiscuidade heterossexual e homossexual foram cuidadosamente camufladas — e
adotadas com entusiasmo — pelas religiões do feminismo radical, do movimento
homossexual militante e do movimento que quer implantar abrangente educação
sexual nas escolas. E a adoração panteísta da “mãe terra” foi substituída —
apenas no nome — pelo ambientalismo radical.
Entretanto, não são somente
aqueles que se intitulam “progressistas” ou humanistas seculares que adotaram as
colunas fundamentais do baalismo. Nestes tempos pós-modernos, estamos
lamentavelmente vendo o advento do “Cristianismo emergente”, que é contrário à
Bíblia, ou como prefiro chamá-lo, “semi-Cristianismo”.
Essa tendência é
meramente um liberalismo todo embonecado e imerecidamente carimbado como
“cristão”. É um jeito de ideólogos esquerdistas terem seu “cristianismo” e o
praticarem. Sob o pretexto da “justiça social”, seus seguidores muitas vezes
apóiam — ou pelo menos desculpam — as mesmas políticas pró-homossexualismo,
pró-aborto e pró-ambientalismo radical promovidas pelos modernos adoradores de
Baal.
Embora a “esquerda cristã” represente uma minoria insignificante
dentro do Cristianismo maior, apesar disso os meios de comunicação liberais
abraçaram a causa deles e adotaram a popularidade deles entre as elites como
prova de que a tão chamada “direita cristã” (leia-se: Cristianismo bíblico) está
perdendo influência — que o Cristianismo está, de certo modo, “acompanhando a
evolução dos tempos”.
Pelo fato de que o Cristianismo emergente não
consegue passar pelo teste de autenticidade toda vez que é sujeito ao exame
bíblico mais leve, suspeito que com o tempo ele acabará em grande parte se
extinguindo. Mas isso não absolve os líderes evangélicos de sua obrigação de
cobrar explicações acerca dessa heresia de outros líderes envolvidos nessa
revolução contrária aos princípios bíblicos. Não é uma questão de direita versus
esquerda; é uma questão de certo e errado — de princípios bíblicos versus
princípios não bíblicos.
Apesar disso, as colunas acima mencionadas do
baalismo pós-moderno — aborto, relativismo sexual e ambientalismo radical —
quase que certamente farão rápido progresso nos próximos quatro a cinco anos,
com ou sem a ajuda da esquerda cristã. Os deuses do liberalismo têm um novo
sacerdote supremo na pessoa de Barack Obama, e desfrutam muitos seguidores
devotos nos meios de comunicação liberais, nas instituições de ensino e no
Congresso controlado pelos liberais democratas.
Tanto a agenda social de
Obama quanto a agenda do 111º Congresso americano abundam de desenfreados
objetivos de aborto, liberdade sem ética, homossexualismo e ambientalismo
radical. O mesmo tipo de “esperança, ação e mudança”, suponho eu, que os
cananitas de Baal do passado engoliram.
Portanto, o liberalismo de hoje
é realmente apenas um velho livro com uma lustrosa capa nova. Uma filosofia
enraizada nas antigas tradições pagãs, das quais nada há para se orgulhar.
É verdade: “não há nada novo debaixo do sol”.
Traduzido e
adaptado por Julio Severo
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